Através de um vídeo postado nas redes sociais, o Presidente Michel Temer defendeu a proposta de reforma da Previdência Social e disse que os críticos da reforma desconhecem a realidade.
Temer afirmou ser "urgentíssimo" reformar o sistema previdenciário porque o "rombo" das contas aumenta a cada ano. Segundo as estimativas para este ano, o déficit nas contas do INSS será superior a R$ 180 bilhões. Além disso, nos últimos dez anos (entre 2007 e 2016), o déficit previdenciário quase triplico
"Você sabe que há críticos da reforma, seja por discordância política ou por desconhecimento da realidade. Mas é necessário e urgentíssimo reformar nosso sistema previdenciário. O rombo das contas aumenta a cada ano. Nós todos tivemos a coragem de enfrentar esse problema. Não é um desejo só meu nem dos deputados e senadores. É uma obrigação de todos", diz o presidente no vídeo.
"Tudo isso porque, sem a reforma, não teremos crescimento econômico, não haverá criação de novos empregos para tantos milhões de desempregados. Não podemos ficar parados diante desse problema que cresce a cada minuto", acrescentou.
A proposta foi enviada no ano passado e está em análise em uma comissão especial da Câmara. Após o relator, Arthur Maia (PPS-BA), apresentar o parecer dele sobre o texto, o que está previsto para o próximo dia 12, e a comissão votar o relatório, caberá ao plenário da Casa analisar o projeto e, em seguida, ao Senado.
Em outra ocasião, o Presidente se dirigiu a quem já está aposentado, e afirma a essas pessoas que elas podem ficar "tranquilas" porque não perderão "nada". "Ninguém mexerá nos seus direitos", diz.
Temer acrescentou, na sequência, que a reforma proposta ao Congresso Nacional resultará em "mais igualdade para todos", isso porque, segundo ele, o sistema previdenciário será "mais justo" com os pobres e "mais rígido" com os ricos, afinal, acrescenta o presidente, "nosso país não tem mais espaço para privilégios."
O texto enviado ao Congresso prevê, entre outros pontos, idade mínima de 65 anos para homens e mulheres poderem se aposentar; contribuição mínima de 25 anos para o INSS; e contribuição por pelo menos 49 anos para o cidadão ter direito à aposentadoria integral.
"Com a aprovação da reforma, teremos crescimento e desenvolvimento econômico, criação de empregos e novas oportunidades para os brasileiros. Essa é a grande herança que queremos deixar para o futuro", conclui Temer.
Mudanças do relator
Mais cedo, nesta segunda, o relator da reforma, Arthur Maia, anunciou que fará mudanças em cinco pontos propostos pelo governo, relacionados às regras para trabalhadores rurais; ao Benefício de Prestação Continuada (BPC); a pensões; às aposentadorias de professores e policiais; e às regras de transição para o novo regime previdenciário.
Ao comentar a decisão do relator, o presidente Michel Temer afirmou que essas mudanças não podem ser consideradas "recuo" do governo, porque, segundo o presidente, o governo decidiu "prestar obediência" às sugestões apresentadas pelo Congresso Nacional.
Portal picuí Hoje com G1.
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