A Organização LGBT DiverCity, de Salerno, no sul da Itália, está causando polêmica no país depois de criar uma versão gay e erótica do famoso quadro da Santa Ceia para divulgar uma festa que acontece hoje, Quinta-feira Santa. A imagem mostra Jesus e seus 12 discípulos nus e seminus, beijando-se e fazendo sexo de diversas formas.
Previsivelmente, a brigada conservadora da Itália, ainda não plenamente recuperada do fato de que a união civil está legalizada no país desde maio do ano passado, resolveu bradar pela censura da imagem e cancelamento do evento. Raffaele Adinolfi, representante local do partido Il Popolo della Famiglia, declarou: “Nós do Popolo della Famiglia podemos apenas expressar publicamente nossa indignação e convidar todos os habitantes de Salerno, crentes e não-crentes, a fazerem o mesmo”.O partido de que faz parte se opõe ao casamento homoafetivo, ao aborto, ao divórcio e ao uso de barrigas de aluguel.
A festa, “Divercity Easter Edition”, tem como lema “não somos blasfemos, somos alternativos!”. A resposta de Adinolfi a isso é que a imagem é “ofensiva, e alternativa a apenas uma coisa: o bom gosto”. E continua: “seria de bom tom se os proprietários e gerentes do evento cancelassem a festa por respeito à comunidade como um todo e a suas tradições – o mesmo respeito que as minorias exigem mas frequentemente não estão dispostas a conceder.”
Emanuele Avagliano, um dos organizadores da DiverCity, defendeu o evento num post no Facebook: “Queremos reafirmar nosso respeito pela opinião alheia, mas igualmente reiteramos com força e convicção nossa liberdade para vivermos e nos divertirmos da maneira como acharmos melhor. Além disso, enfatizamos que a peça de comunicação que utilizamos não tem como intenção blasfemar, nem ofender, nem desrespeitar.”
Avagliano continua: “Isso dito, lamentamos perceber que mais uma vez o ‘Popolo della Famiglia’, na falta de outros alvos, mais uma vez procura combater LGBTs para ganhar visibilidade às nossas custas, em detrimento de tantos gays, lésbicas e pessoas transgênero. Convidamos a todos, portanto, a estarem presentes na quinta-feira com mais força e fé que de costume, e recuperarem um espaço de liberdade, de expressão e de entretenimento, essencial para jovens homossexuais e pessoas trans de nossa cidade.”
“Nossas cores, nossos sorrisos e nossos corações não podem nem devem serem contidos por pessoas que se escondem por trás do racismo político e da homofobia”, finaliza Avagliano.
No ano passado, juízes italianos decidiram que dizer que alguém é homossexual não pode ser considerado ofensivo, e no começo desse ano uma corte em Trento reconheceu legalmente um casal de gays como os pais de um bebê gerado por barriga de aluguel. Por outro lado, outra corte decidiu em janeiro que um garoto de 13 anos deveria frequentar um “centro para jovens” por 12 horas, todos os dias, por ser “afeminado demais”.
Emanuele Avagliano, um dos organizadores da DiverCity, defendeu o evento num post no Facebook: “Queremos reafirmar nosso respeito pela opinião alheia, mas igualmente reiteramos com força e convicção nossa liberdade para vivermos e nos divertirmos da maneira como acharmos melhor. Além disso, enfatizamos que a peça de comunicação que utilizamos não tem como intenção blasfemar, nem ofender, nem desrespeitar.”
Avagliano continua: “Isso dito, lamentamos perceber que mais uma vez o ‘Popolo della Famiglia’, na falta de outros alvos, mais uma vez procura combater LGBTs para ganhar visibilidade às nossas custas, em detrimento de tantos gays, lésbicas e pessoas transgênero. Convidamos a todos, portanto, a estarem presentes na quinta-feira com mais força e fé que de costume, e recuperarem um espaço de liberdade, de expressão e de entretenimento, essencial para jovens homossexuais e pessoas trans de nossa cidade.”
“Nossas cores, nossos sorrisos e nossos corações não podem nem devem serem contidos por pessoas que se escondem por trás do racismo político e da homofobia”, finaliza Avagliano.
No ano passado, juízes italianos decidiram que dizer que alguém é homossexual não pode ser considerado ofensivo, e no começo desse ano uma corte em Trento reconheceu legalmente um casal de gays como os pais de um bebê gerado por barriga de aluguel. Por outro lado, outra corte decidiu em janeiro que um garoto de 13 anos deveria frequentar um “centro para jovens” por 12 horas, todos os dias, por ser “afeminado demais”.
Portal Uol.