O governador Ricardo Coutinho (PSB) comentou sobre as recentes declarações do senador Zé Maranhão (PMDB) sobre um diálogo que poderia existir entre PMDB – partido que atualmente é oposição ao Governo do Estado – e PSB visando às eleições de 2018. O governador participou na manhã desta terça-feira (15) do lançamento do Portal do Soma e Programa de Desenvolvimento Profissional, em Mangabeira, Zona Sul de João Pessoa. Ele ainda comentou sobre a decisão do STF em conceder liminar e bloqueia pagamento de precatórios com verbas do Estado.
Conforme Ricardo, o peemedebista é figura positiva na política paraibana e o diálogo pode existir. “É possível. Tenho respeito pelo senador Zé Maranhão. Tem suas posições, e sendo concordantes ou descordantes das minhas, tenho que respeitar. O senador construiu uma história que reputo como positiva dentro desse estado. Diferentemente de outras personalidades da política, que além de não ter história nenhuma, quando você vai ver por onde passa deixa rastros que são deploráveis. Não é o caso do senador Zé Maranhão”, disse o governador.
Especificamente sobre uma possível aliança visando o próximo pleito eleitoral, o socialista sinalizou que basta o PMDB ter afinidade com o projeto atual. “O que vai vir ou que pode vir não está na pauta nesse momento. Nesse momento está apenas o reconhecimento de que pessoas podem e devem conversar quando o interesse coletivo e público for maior – e no nosso caso sempre é – do que qualquer interesse específico”, afirmou.
“Decisão correta”, diz Ricardo sobre bloqueio de pagamento de precatórios com verba do Estado
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, concedeu uma liminar que impede o Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) de usar os recursos sequestrados junto ao Governo do Estado (R$ 33,9 milhões) para o pagamento de precatórios. Para o governador Ricardo Coutinho a decisão foi correta.
“Decisão correta. A lei tem que ser vista num conjunto das coisas. Sou um governador que em seis anos e meio paguei dezessete vezes mais precatórios do que dez anos antes da minha gestão. Ou seja, ninguém em sã consciência pode dizer que um governo que paga dezessete vezes mais em um tempo bem menor, pode simplesmente ser penalizado pelas circunstâncias de uma crise que é violentíssima”, disse Ricardo.
Ricardo explica que apenas durante três meses o repasse sofreu atrasos e que o Governo está propondo que esse repasse seja incluído no saldo devedor. “Sinceramente não dá para punir um Estado e desequilibrar as finanças, não é correto. Lewandowski suspendeu a retirada de qualquer dinheiro e, ao mesmo tempo, vai analisar no mérito e cabe a mim apenas aguardar o juízo de valor do ministro, sem qualquer tipo de interferência”, finalizou.
Portal Picuí Hoje com Blog do Gordinho.
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