Após esbravejar e dizer que os vereadores da bancada de oposição cometem crime ao denunciar um débito da gestão municipal com a Energisa, o prefeito Olivânio Remígio (PT), da cidade de Picuí, Seridó paraibano, foi desmentido nesta sexta-feira (10). O petista disse que estaria abrindo um inquérito policial contra a empresa, os vereadores e a imprensa que noticiou a dívida.
Nesta sexta-feira (10), os vereadores Wagner Henriques (PSB), Ataíde Xavier (PSD) e Vidal de Negreiros (PTB) foram entrevistados por uma emissora local para contrapor as declarações do gestor. Para Wagner, vice-presidente do Legislativo, falta humildade por parte do petista em reconhecer o erro.
“É surpreendente a falta de humildade que o prefeito de Picuí tem, ele dizer que vai colocar a Energisa na justiça, que esse é um fato inédito, porque manda a conta para o vizinho”, disse o parlamentar fazendo menção a notificação enviada pela empresa à Câmara informando sobre o débito.
Wagner destacou que, após a notificação, ao consultar o portal da transparência, se deparou com um empenho no valor de R$ 103 mil. “Isso é igual a uma conta de casa. Você tem três papéis de energia atrasado e, às vezes, a notificação chega só de um. Os empenhos estão na ordem de R$ 103 mil e a notificação foi na ordem de R$ 11 mil. Graças a Deus, foi paga e hoje Picuí não tem débitos atrasados com a Energisa”.
De acordo com o socialista, a notificação é datada de 31 de outubro, mas a conta só foi paga no dia 3 de novembro. O parlamentar desmentiu a declaração do prefeito que a cobrança é um fato inédito e que nunca tinha acontecido em outras prefeituras, e apresentou cobranças realizadas a outros municípios, inclusive, noticiadas pela imprensa local. Entre elas, Wagner deu como exemplo as prefeituras de Patos e Desterro.
“A Prefeitura de Patos emitiu uma nota reconhecendo o atraso e pedindo a Energisa a mudança da data de vencimento porque a data do vencimento não condizia com a disponibilidade da prefeitura. Isso se chama humildade, seriedade e respeito com a verdade”, declarou.
Relembre o caso: