Christina e Mark Rotondo dizem que seu filho, que voltou a morar com eles há oito anos após ficar desempregado e hoje adminstra um site, se recusava a sair mesmo após receber da família cinco cartas de despejo desde o início de fevereiro.
Michael argumentava que não havia recebido aviso prévio suficiente, alegando que um período de seis meses seria um tempo mais razoável preparar para a mudança
O casal entrou, então, com a ação na Suprema Corte do Condado de Onondaga, próxima de Camillus, cidade onde mora a família, no Estado de Nova York. O advogado dos Rotondo, Anthony Adorante, disse ao site Syracuse.com que seus clientes não encontraram outra forma de obrigar o filho a se mudar.
'Você precisa trabalhar'
"Após discutir o assunto com sua mãe, decidimos que você deve deixar essa casa imediatamente", disse o casal na primeira carta de despejo enviada ao filho, em 2 de fevereiro, segundo os documentos do processo.
Quando Michael ignorou a mensagem, seus pais redigiram uma ordem de despejo propriamente dita, com a ajuda do advogado. "Você está sendo despejado por meio desta", diz o documento assinado por Christina em 13 de fevereiro.
"Medidas legais serão tomadas imediatamente se você não se mudar até 15 de março de 2018." Michael não saiu.
O casal escreveu, então, uma nova mensagem em 18 de fevereiro, oferecendo US$ 1,1 mil (cerca de R$ 4 mil) para que ele saísse. O texto incluía alguns comentários pessoais sobre o filho.
"Há empregos disponíveis para aqueles com um histórico profissional ruim como o seu. Consiga um - você precisa trabalhar", disseram os pais.
'Retaliação'
Em 5 de março, eles redigiram uma nova carta lembrando do prazo estipulado: "Não notamos nenhum sinal de que você está se preparando para sair. Saiba que tomaremos as medidas necessárias para garantir que você saia de casa como foi ordenado."
No entanto, em 30 de março, mesmo que estivesse cada vez mais claro que Michael não tinha intenção de se mudar, eles tentaram por uma última vez, com uma carta em que mandavam que o filho removesse seu carro quebrado da entrada da casa.
Em abril, os Rotondo desistiram de tentar sozinhos e recorreram à Justiça local. Como Michael era seu parente, eles ouviram que teriam de recorrer à Suprema Corte para conseguir retirá-lo de casa.
De acordo com a emissora WABC News, Michael considerou a ação movida por seus pais como uma "retaliação" e pediu que a Corte rejeitasse seu pedido.
Nesta terça, o caso foi julgado, e o casal saiu vitorioso. O juiz ordenou que o filho saia de casa. Michael disse que a decisão é "revoltante" e entrará com recurso.
Portal Picuí Hoje com G1.
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