Catar latinhas durante as festas não representa nenhum sentimento de vergonha para a jovem estudante de 18 anos, Gabriela Paola Santos Cunha, que decidiu catar latinhas parar conseguir conquistar seu próprio para arcar com suas próprias despesas.
"Gabyy Santtos", como é popularmente conhecida, é natural do município de Picuí, localizado na região do Seridó da Paraíba. Para a jovem que ingressará nos próximos dias no segundo ano do ensino médio, as dificuldades enfrentadas com a falta de oportunidades de emprego faz com que nenhum duro preconceito já enfrentando se torne uma barreira para lhe impedir de catar latinhas.
Uma jovem que enfrenta preconceitos e que deixa um exemplo de como seguir a vida
Segundo a jovem, a experiência de catar latinhas começou em em 2018, durante uma festa de vaquejada ocorrida no município de Frei Martinho, distante aproximadamente 21 Km de sua terra natal. Ela afirma que já enfrentou muito preconceito, no entanto, não sente vergonha alguma do que faz, pelo contrário, sente-se orgulhosa e ainda sobra tempo para curtir com os amigos enquanto trabalha.
"Eu vou para as festas, eventos e até farra com meus amigos. As latinhas que tem lá eu saio catando tudo e não é por causa disso que eu vou deixar de curtir com eles. Pelo contrário, eu danço com eles, brinco, 'tiro resenha' dizendo: Não jogue minhas latinhas não, isso é meu ouro. 'Faço geral rir' e ainda saio com as minhas latinhas", explica a jovem em entrevista com Marcílio Araújo.
"A gente só cresce na vida quando não damos ouvidos a certas coisas. Existem pessoas que só sabem nos criticar, julgar e nos humilhar. Muitas pessoas me perguntam se minha família me ignora e logo eu respondo: Pelo contrário, minha família super apoia isso. Quando saio, já aviso a minha mãe que estou indo para a festa, não só para curtir, mas para trabalhar. Ela olha para mim e diz: Deus te abençoe minha filha. Se tiver pessoas te ignorando não ligue, var se divertir e trabalhar", contou.
"É melhor viver catando latinhas do que entrar no mundo das drogas, que não traz nada de bom para ninguém. Minha mãe sempre me diz que é melhor ser ignorada e criticada fazendo o certo, do que ser criticada e ser humilhada fazendo o errado", finalizou.
Sobre a mãe
Gabyy reside com a mãe, Edneide Cristine, profissional vacinadora da rede pública municipal. "Neide", como é popularmente conhecida em toda região, sofre com colite crônica inespecífica ‒ uma doença inflamatória intestinal ‒ e, por conta da enfermidade, encontra-se atualmente afastada das suas atividades trabalho. "O dinheiro que ela recebe só dá para comprar os remédios e arcar com o tratamento com a nutricionista que. Duas despesas bastantes caras", relatou.
A reciclagem de latinhas não é o único meio que Gabyy utiliza para conseguir conquistar seus sonhos. Com o dinheiro que conquistou vendendo as latinhas desde o ano passado, ela conseguiu adquirir uma lavadora de alta pressão e montou um pequeno lava jato, que fica situado por trás da Cadeia Pública.
"Eu venho me virando. Graças a Deus consegui até agora o jato. Só não tenho ainda o aspirador. Eu fico pegando emprestado com um pessoal. As vezes quando não quero pegar emprestado tiro a poeira dos carros que pego pra lavar com uma pá e uma vassoura", explicou.
Gabyy finalizou a entrevista com a seguinte frase: O bonito do ser humano não é ser rico, mas ser humilde e trata as pessoas bem. Por enquanto meu trabalho é esse. Quem sabe um dia ele seja outro. Que Deus abençoe a todos".
Um grande sonho
Ao final da entrevista, Gabby ainda revelou que tem um grande sonho, que é montar uma "estética automotiva de sucesso", para ganhar mais dinheiro e assim conseguir ajudar a mãe e ao próximo, a quem mais precisar.
Fica registrado o nosso prazer em falar de um exemplo de vida, de mais uma jovem que sabe como vencer os preconceitos enfrentados nesse nosso país.
Gabyy fez um post em seu perfil social no Instagram falando sobre sua experiência e já ganhou quase 4 mil curtidas e mais de 1 mil comentários.
Confira na íntegra:
"Gabyy Santtos", como é popularmente conhecida, é natural do município de Picuí, localizado na região do Seridó da Paraíba. Para a jovem que ingressará nos próximos dias no segundo ano do ensino médio, as dificuldades enfrentadas com a falta de oportunidades de emprego faz com que nenhum duro preconceito já enfrentando se torne uma barreira para lhe impedir de catar latinhas.
Uma jovem que enfrenta preconceitos e que deixa um exemplo de como seguir a vida
Segundo a jovem, a experiência de catar latinhas começou em em 2018, durante uma festa de vaquejada ocorrida no município de Frei Martinho, distante aproximadamente 21 Km de sua terra natal. Ela afirma que já enfrentou muito preconceito, no entanto, não sente vergonha alguma do que faz, pelo contrário, sente-se orgulhosa e ainda sobra tempo para curtir com os amigos enquanto trabalha.
"Eu vou para as festas, eventos e até farra com meus amigos. As latinhas que tem lá eu saio catando tudo e não é por causa disso que eu vou deixar de curtir com eles. Pelo contrário, eu danço com eles, brinco, 'tiro resenha' dizendo: Não jogue minhas latinhas não, isso é meu ouro. 'Faço geral rir' e ainda saio com as minhas latinhas", explica a jovem em entrevista com Marcílio Araújo.
"A gente só cresce na vida quando não damos ouvidos a certas coisas. Existem pessoas que só sabem nos criticar, julgar e nos humilhar. Muitas pessoas me perguntam se minha família me ignora e logo eu respondo: Pelo contrário, minha família super apoia isso. Quando saio, já aviso a minha mãe que estou indo para a festa, não só para curtir, mas para trabalhar. Ela olha para mim e diz: Deus te abençoe minha filha. Se tiver pessoas te ignorando não ligue, var se divertir e trabalhar", contou.
"É melhor viver catando latinhas do que entrar no mundo das drogas, que não traz nada de bom para ninguém. Minha mãe sempre me diz que é melhor ser ignorada e criticada fazendo o certo, do que ser criticada e ser humilhada fazendo o errado", finalizou.
Sobre a mãe
Gabyy reside com a mãe, Edneide Cristine, profissional vacinadora da rede pública municipal. "Neide", como é popularmente conhecida em toda região, sofre com colite crônica inespecífica ‒ uma doença inflamatória intestinal ‒ e, por conta da enfermidade, encontra-se atualmente afastada das suas atividades trabalho. "O dinheiro que ela recebe só dá para comprar os remédios e arcar com o tratamento com a nutricionista que. Duas despesas bastantes caras", relatou.
A reciclagem de latinhas não é o único meio que Gabyy utiliza para conseguir conquistar seus sonhos. Com o dinheiro que conquistou vendendo as latinhas desde o ano passado, ela conseguiu adquirir uma lavadora de alta pressão e montou um pequeno lava jato, que fica situado por trás da Cadeia Pública.
"Eu venho me virando. Graças a Deus consegui até agora o jato. Só não tenho ainda o aspirador. Eu fico pegando emprestado com um pessoal. As vezes quando não quero pegar emprestado tiro a poeira dos carros que pego pra lavar com uma pá e uma vassoura", explicou.
Gabyy finalizou a entrevista com a seguinte frase: O bonito do ser humano não é ser rico, mas ser humilde e trata as pessoas bem. Por enquanto meu trabalho é esse. Quem sabe um dia ele seja outro. Que Deus abençoe a todos".
Um grande sonho
Ao final da entrevista, Gabby ainda revelou que tem um grande sonho, que é montar uma "estética automotiva de sucesso", para ganhar mais dinheiro e assim conseguir ajudar a mãe e ao próximo, a quem mais precisar.
Fica registrado o nosso prazer em falar de um exemplo de vida, de mais uma jovem que sabe como vencer os preconceitos enfrentados nesse nosso país.
Gabyy fez um post em seu perfil social no Instagram falando sobre sua experiência e já ganhou quase 4 mil curtidas e mais de 1 mil comentários.
Confira na íntegra:
Na região, 01 Kg (um quilo) de latinhas ‒ que equivale cerca de 70 unidades ‒ é vendido por aproximadamente R$ 2,00 (dois reais).
Por: Marcílio Araújo - Portal Picuí Hoje.
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