O casal é composto por uma arara-canindé e uma vermelha. Elas vivem há 5 anos juntas no Parque da Bica, dividindo o mesmo criadouro. Segundo a bióloga que cuida do espaço das aves, Helze Lins, as araras se uniram muito por causa desse tempo que estão juntas e passaram a fazer companhia uma para a outra, além de manterem entre si um forte instinto de proteção.
A bióloga explica, ainda, que as araras são aves de comportamento monogâmico, e costumam construir laços com as que convivem por longo tempo. O casal do Parque da Bica costuma dividir muitos momentos, entre eles a alimentação, e em época de reprodução costumam ficar aninhadas em abrigos do recinto.
Apesar de conseguirem se reproduzir, nenhum filhote das duas chegou a nascer porque os ovos foram atacados por outras aves do recinto, que é comunitário. Caso chegassem a nascer, os filhotes dessas aves não seriam férteis, uma vez que as espécies das duas são diferentes.
Elas foram levadas já adultas do centro de triagem do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) até a Bica, são provenientes de resgate de criadores ilegais e por isso não há como precisar a idade.
A arara-vermelha é a fêmea e costuma ser muito dócil com os outros animais, um dos pontos que justifica o tranquilo contato com seres humanos.
O macho é a arara-canindé, muito conhecida como arara-azul-e-amarela, também tem ótimas habilidades de socialização, mas por ser de grande porte precisa ser mantida em ambientes mais altos, o que pode dificultar a criação.
Segundo a bióloga, como são sociáveis, não é incomum casos como esses, em que araras de diferentes espécies se relacionam como casal.
O Parque da Bica abriga 113 aves de diversas espécies, muitas nasceram no zoológico. Entre elas estão carcarás, gaviões, águias, papagaios, araras, corujas e jandaias. Algumas espécies vivem sob ameaça de extinção. Algumas dessas aves ainda estão em vulnerabilidade, ou seja, correm risco de extinção, como a arara azul, a maior espécie que existe, e a jacucaca.
Além das aves do recinto e das aves de rapina, o Parque Arruda Câmara abriga também aves aquáticas como o pato real, ganso africano e marrecas. Essas aves ficam em espaço aberto, no lago junto à fonte.
Segundo a bióloga Helze Lins, o Parque só fica com animais que não conseguem mais viver livremente na natureza, que geralmente são apreendidos pela Polícia Ambiental e pelo Ibama.
“Nós não recebemos nenhum animal de terceiros. Então, quem quiser doar uma ave ou qualquer outro animal deve entregar ao Ibama, órgão responsável pela destinação”, alerta a bióloga.
Portal Picuí Hoje com informações do G1 PB.
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