Wanderley participa da disputa com o documentário "O Cenecista", na Mostra Tropeiros da Borborema, uma das categorias do Festival. O Professor Felipe (como também era conhecido) foi o fundador da Campanha Nacional de Escolas da Comunidade (CNEC), que se espalharam pelo Brasil com o nome de Escolas Cenecistas. No auge da instituição, na década de 80, a CNEC chegou a ter mais 2.100 colégios em todo o território nacional, somando mais de 500 mil estudantes.
A 16ª edição do Festival Audiovisual de Campina Grande – Comunicurtas - UEPB acontece no período de 1º a 5 de dezembro, na cidade de Campina Grande, no formato on-line e presencial. Com temática “Inventar a vida, viver a arte”, o Comunicurtas 2021 será marcado pela exibição de 103 filmes, distribuídos nas mostras, “Território Liberdade”, “Longas Metragens Internacionais”, “Longas Nacionais”, “Mostra Filmes do Mundo”, “Mostra Brasil de Curtas Metragens”, “Mostra Tropeiros da Borborema”; “Tropiqueer”; “Som da Serra de Vídeo Clipes”, “Mostra Tropeiros de Telejornalismo”; “Estalo”, e “Mostra A Ideia é”.
Algumas das mostras terão exibições no Teatro Municipal Severino Cabral, seguindo todos os protocolos sanitários como a obrigatoriedade do uso de máscaras e pessoas vacinadas; e no Museu de Arte Popular da Paraíba com sessões ao ar livre através de projeção mapeada na fachada do MAPP.
O Cenecista
O Cenecista
O Felipe Tiago Gomes nasceu em 1 de maio de 1921, numa família pobre do Sítio Barra do Pedro, zona rural de Picuí, município localizado na região do Seridó paraibano, onde começou seus estudos. Foi inicialmente alfabetizado em casa por uma irmã e, em seguida, passou a estudar com uma professora na zona urbana. Para isso tinha que caminhar, todos os dias, 6 quilômetros, e, ao voltar para casa, ajudar a família no trabalho na agricultura. Com a contribuição de amigos e familiares deu continuidade aos estudos em Campina Grande e, em seguida, no Recife, no Estado do Pernabuco, onde juntamente como colegas do Curso de Direito, criou a ideia de dar aulas voluntárias para jovens de baixa renda, o que foi chamado na época de "Campanha do Ginasiano Pobre".
Na década de 40 Felipe foi para o Rio de Janeiro, que na época era a capital do Brasil e com apoio governamental, expandiu o projeto pelo país. A ideia sempre foi desenvolver escolas que eram criadas e geridas pelas próprias comunidades, a partir da criação de conselhos escolares.
Na década de 40 Felipe foi para o Rio de Janeiro, que na época era a capital do Brasil e com apoio governamental, expandiu o projeto pelo país. A ideia sempre foi desenvolver escolas que eram criadas e geridas pelas próprias comunidades, a partir da criação de conselhos escolares.
Toda essa história em detalhes está sendo contada no documentário “O Cenecista”, gravado por Wanderley Filho, que conta com uma equipe de potiguares e paraibanos, a exemplo da jornalista paraibana Valécia Estrela, que divide direção e roteiro do filme com Wanderley. A direção executiva e pós-produção são do cineasta potiguar Raildon Lucena, antigo parceiro de produções de Wanderley Filho.
“Para mim está sendo uma grande satisfação fazer este filme, porque é uma rica e bela história. Eu fui aluno cenecista na minha infância e na época nem sabia que eu estava sendo beneficiado pela criação de um paraibano visionário. Só vim conhecer a história dele anos depois”, afirma o jornalista Wanderley Filho, que costuma dizer ser um “potibano” (mistura de potiguar com paraibano), já que nasceu no Estado do Rio Grande do Norte, mas iniciou a carreira e trabalhou por mais de 10 anos na Paraíba.
Wanderley ficou conhecido em território potiguar por ter criado, em 2009, a primeira TV Web do RN, que se chamou TV Seridó, com sede inicialmente em Parelhas e depois Caicó, em parceria com a Referência Comunicação. A empresa chegou ao fim em 2014, quando Wanderley voltou para a Paraíba para trabalhar na área da comunicação política. Retornou para o Rio Grande do Norte em 2019, a convite do deputado Francisco do Partido dos Trabalhadores (PT), para coordenar a comunicação do parlamentar.
Por Marcílio Araújo com Assessoria de Comunicação da FAPESQ.
Por Marcílio Araújo com Assessoria de Comunicação da FAPESQ.
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