De acordo com o diretor do IPC, Márcio Leandro, tentaram estrangular Daniel Vitor Cavalcanti Brito, de 21 anos, com alguma corda, fita ou cordão, mas não conseguiram matá-lo dessa forma. Os ferimentos causados pela tentativa de esganadura deixaram Daniel inconsciente.
Inconsciente, no banco de trás do carro, ele começou a aspirar a fumaça, que estava saindo do interior do veículo. Já que existem vários produtos inflamáveis que compõem as peças do carro, Daniel morreu com a aspiração da fuligem da fumaça. Ou seja, Daniel poderia estar vivo se não fosse o fogo ateado no carro, após a tentativa de estrangulamento.
“Tinha marca de fumaça por todo o sistema respiratório dele, se não tivessem ateado fogo no carro, provavelmente ele estaria vivo ”, afirmou Márcio.
O laudo ainda informou que Daniel tentou lutar pela vida, antes de ficar inconsciente.
"Observamos que no pescoço do Daniel tinha sucos, que são marcas no interior do pescoço. Ele tentou lutar para que isso não acontecesse, porque tinha várias cartilagens no interior do pescoço. Isso é uma característica de que ele tentou se desvencilhar [da corda, fita, ou cordão], mas não conseguiu", disse o diretor.
A Polícia Civil continua investigando o caso para poder entender o que aconteceu na noite do crime e identificar e localizar os suspeitos pela morte de Daniel.
Entenda o caso
O corpo de Daniel Vitor Cavalcanti Brito, de 21 anos, foi encontrado dentro de um carro em chamas, no bairro das Malvinas, em Campina Grande, no Agreste da Paraíba, na noite da segunda-feira (27). Segundo informações passadas pela Polícia Militar, moradores ligaram para os agentes depois de perceberem o fogo no veículo.
Conforme a delegada Elizabeth Beckhan, o jovem teve o celular e o relógio levados. Por isso, a polícia suspeita de latrocínio – crime em que acontece roubo seguido de morte. Daniel também não tinha envolvimento com crimes, inimigos ou dívidas.
Daniel trabalhava como motorista de transporte por aplicativo. Ele também era estudante do curso de Engenharia Civil, em uma universidade particular de Campina Grande.
Segundo a mãe do jovem, ele saiu de casa por volta das 18h45 para a primeira corrida da noite. “Acho que foi um assalto, só que foi muito cruel. Só levaram o celular dele. Na verdade, era só o que ele tinha”, completou.
Portal Picuí Hoje com G1 PB.
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