A especialista explica que apesar do nome semelhante à varíola humana, a infecção é mais branda. Conhecida pela ligação aos macacos, isso também não imita tanto a realidade – a doença é mais comum em roedores, sendo mais frequente em animais do que em gente. Ela tem esse nome devido ao primeiro caso ter sido descoberto em um macaco.
“A infecção lembra a varíola humana, mas é muito mais tranquila. Tem sintomas como febre, dor no corpo, aparecimento de gânglios, lesões na pele que parecem bexigas e aparecem no rosto e depois se espalham para a palma das mãos e planta dos pés”, resumiu.
Os sintomas da doença costumam durar entre uma a duas semanas, e geralmente se curam sem deixar sequelas além das lesões na pele – quando secam, as "bolinhas" que antes estavam feridas criam uma casca e pode causar manchas após a cicatrização, assim como a catapora, outra doença contagiosa.
Atualmente, há cerca de 500 casos da varíola dos macacos em investigação em várias regiões do mundo fora da África. A infectologista ressalta que a transmissão acontece através do contato, principalmente através das bolhas causadas pela doença, mas a contaminação não é tão fácil.
“Se tiver contato com os animais infectados pode adquirir a doença, mas no Brasil não temos esses animais. Então pode acontecer pelo contato com alguém que está com o vírus, pela mão ou outra parte que tenha essas bolhas que estão cheias de vírus, ou deitar na mesma cama. Também é possível através das gotículas de saliva, mas é preciso estar muito perto para que a pessoa seja contaminada”, pontua.
Diferente da covid-19, a Varíola dos Macacos já possui vacina eficiente para o tratamento. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as vacinas utilizadas no programa de erradicação da varíola humana fornecem proteção de até 85% contra a Varíola dos Macacos. A médica vê um cenário muito mais otimista e sem chances de grande escala de mortes e orienta apenas pelo uso de máscara facial e higienização das mãos.
“Não há motivo para pânico. A chance de contaminação é muito menor do que a covid-19. Agora temos que aguardar os casos em investigação e ver o que irá acontecer”, disse.
Marcílio araújo/Portal Picuí Hoje com PB Agora.
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