"Já ganhou, cala a boca, vai trabalhar, construir um negócio legal. O desafio é grande, mas a oportunidade é maior", afirmou ele durante a comemoração dos 30 anos da Secretaria de Política Econômica.
"Se fizer menos barulho e trabalhar um pouquinho mais com a cabeça, e menos com a mentira, talvez possa ser um bom governo. Só depende de não mentir. E de outras coisas também", disse.
Recentemente, figuras importantes do mercado reclamaram de declarações de Lula dizendo que o combate às desigualdades sociais deveriam ter prioridade frente o equilíbrio fiscal.
Por exemplo, durante a COP27, a conferência do clima das Nações Unidas, o presidente eleito defendeu furar o teto de gastos como uma "responsabilidade social", para conseguir financiar programas sociais.
"Se eu falar isso vai cair a Bolsa, vai aumentar o dólar? Paciência", disse Lula, completando que a flutuação dos índices não acontece "por causa das pessoas sérias, mas por conta dos especuladores que ficam especulando todo santo dia".
Em resposta, os economistas Armínio Fraga, Edmar Bacha e Pedro Malan assinaram uma carta criticando a postura de Lula.
No evento dessa sexta, Guedes estava com o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sacshida, ex-secretário de política econômica, outros diretores e, na plateia, servidores.
O ministro da Economia também criticou a PEC da Transição. "Você vê a confusão que é um estouro, fazer uma PEC fora do teto, sem fonte de financiamento". Segundo ele, a proposta vai acabar servindo para financiar obras.
Ele ainda defendeu o aumento de mais R$ 200, totalizando um auxílio de R$ 600, mas desde que com discriminação da fonte dos recursos.
"Nós disparamos o maior programa social que já houve com responsabilidade fiscal. que historinha é essa de conflito social com fiscal? Isso é ignorância, isso demonstra incapacidade técnica de resolver [o problema]", completou.
Segundo levantamento do economista Bráulio Borges, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV-Ibre), feito a pedido da BBC News Brasil, os gastos do governo Bolsonaro acima do teto somam R$ 794,9 bilhões de 2019 a 2022.
Esse valor representa a soma de autorizações que a atual gestão obteve no Congresso para gastar acima do limite constitucional e outras manobras que driblaram o teto, como o adiamento do pagamento de precatórios (dívidas do governo reconhecidas judicialmente) e a mudança do cálculo para definir o teto em 2022.
Portal Picuí Hoje com informações de João Grabriel/Folhapress.
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