Dos nove parlamentares que compõem o Poder Legislativo frei-martinhense, seis votaram a favor pela reprovação das contas, que foram: Fabio Gomes Dantas (MDB); Felipy André Pinto Dias (Cidadania); Jamaelson Carlos de Moura (Cidadania); Jonatas Soares Hortins (PSB); José Carlos Dantas de Moura (Cidadania) e Rosinalma Celestino da Silva (MDB). Apenas três se posicionaram ao contrário, que foram foram: Heriberto de Araújo Dantas (MDB); Altemiles Martins de Souza - Relator (PSB); Rodolfo de Moraes Hortins (PSB).
Em contato com a reportagem do Portal Picuí Hoje, o ex-prefeito Aído disse que "o grupo que apoia o atual prefeito do município, Tião Pinto (Cidadania), em uma articulação realizada na calada da noite, resolveu votar contrário ao parecer do Tribunal de Contas, que havia aprovado e julgado regulares, por unanimidade, as minhas contas referentes a 2020, rejeitando o parecer técnico do Tribunal.", explicou.
Segundo Aído, "a ação da Câmara de vereadores representa fielmente uma manobra política de Tião". O ex-gestor disse que os vereadores se reuniram, não para reprovar contas, mas para tentar torná-lo inelegível.
O ex-gestor revelou que, antes mesmo da votação conversou por meio do Whatsapp com um dos vereadores que é ligado ao prefeito. Na ocasião, o parlamentar deixou um explícito pedido de desculpas, afirmando que o seu voto "dependia do parecer de Tião", pois o mesmo era vereador, submisso, que tinha uma estrutura pequena e dependia do prefeito para muitas coisas.
Ainda segundo Aído, o vereador revelou que na noite da quarta-feira (28), houve uma reunião com Tião e os vereadores da base, a qual foi articulada pelo presidente da Câmara, vereador Felipy Pinto (Cidadania), onde na ocasião foi decidido que o bloco votaria pela reprovar das suas contas.
Aído ainda revelou que o vereador finalizou a conversa pedindo, além das suas desculpas, a sua compreensão.
Ao fim da entrevista, o ex-prefeito destacou que "as minhas contas foram aprovadas por unanimidade pelo Tribunal de Contas. Lamento muito a traição cometida por um aliado e um grupo que ajudei a eleger, mas confio que essa decisão não irá me prejudicar. O povo saberá dar a resposta”, disse.
A fim de obtermos informações jurídicas acerca dos efeitos da decisão da Câmara de vereadores, a reportagem do Portal Picuí Hoje também entrou em contato com o advogado Dr. Ravi Vasconcelos, representante da defesa de Aído. Na ocasião, o mesmo garantiu que “a decisão não gera qualquer efeito jurídico para fins de elegibilidade futura do ex-prefeito."
Ao fim da entrevista, Ravi disse que "se tudo isso foi para o tornar Aído inelegível, deu tudo errado", e que "ele poderá lançar sua candidatura normalmente."
Marcilio Araújo/Portal Picuí Hoje.
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