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27.2.23

REVOLTANTE: Cliente joga açaí no rosto de entregador na PB e sindicato alerta para violência contra motoboys

Um entregador foi agredido por uma cliente que reclamou da demora para a chegada do pedido na cidadade Patos, localizada na região do Sertão paraibano. O caso foi registrado na última sexta-feira (24). A mulher jogou um pote de açaí no entregador.

O motoboy Ellai Guedes compartilhou um vídeo após o ocorrido, explicando o motivo da demora do pedido.

"Eu peguei uma entrega, já que era rota para onde eu ia, estava com outras duas entregas na minha ‘bag’. O pedido já estava demorado, a produção atrasada, o rapaz (do restaurante) me explicou e perguntou se eu podia levar. Eu disse que sim, mas primeiro vou deixar as outras duas", disse.

Ellai afirmou que a cliente, além de reclamar do tempo para o pedido chegar, também se queixou que parte do açaí derramou.

"Ela já veio reclamando (da demora), um tanto alterada. Quando tirei o pedido, ela viu que tinha derramado e disse ‘não vou ficar com isso não’. Eu falei que levaria de volta, mas foi aí que ela arremessou (o pote de açaí)", explicou.

O ato gerou um protesto por parte dos motoboys que trabalham na cidade, que saíram por algumas ruas de Patos fazendo um "buzinaço".

Situações são comuns, diz sindicato

Ernani Bandeira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores com Motos, Motoboy, Motofrete e Mototaxi da Região Metropolitana de João Pessoa (Sindmotos), afirmou que situações como a vivida pelo entregador são comuns na rotina dos profissionais.

"A gente orienta, dá palestras de qualificação preparando emocionalmente os trabalhadores. A nossa orientação, nesses casos, é não revidar, ter calma. Se possível, conseguir testemunhas para oficializar uma denúncia, fazer BO na delegacia", explicou.

Além da violência e até risco de assaltos, os motoboys sofrem constrangimento por parte dos clientes, diz Ernani.

"O cliente às vezes quer que o motoboy suba para entregar no apartamento e não é obrigação dele. A orientação do sindicato é que a entrega se encerra na portaria. Aí o cliente se altera e o motoboy, para não ficar prejudicado no aplicativo, acaba fazendo essa 'bondade'. Tem gente que deixa o entregador esperando, vai até receber o pedido só de toalha", disse o presidente do Sindmotos.

Aplicativos não dão suporte

Uma queixa de Ernani é que os aplicativos não dão qualquer tipo de assistência aos entregadores, nestes casos. "A primeira coisa que eles perguntam quando um cai ou até morre é se a entrega chegou", lamentou.

Por isso, o representante da categoria explica que os clientes podem facilitar o processo se comunicando com o entregador, quando possível. "O cliente pode perguntar ao entregador se já está perto (do destino), em quanto tempo ele chega, para saber e já ir para a portaria ou autorizar o porteiro a receber o pedido", citou o presidente do Sindmotos.

Entidades discutem reivindicações

Um encontro dos sindicatos de motofretistas, motoentregadores, motoboys e entregadores ciclistas da região Norte/Nordeste será realizado no próximo domingo (5), em João Pessoa.

Na pauta da reunião, estão a discussão de direitos trabalhistas com o Governo Federal como acordos coletivos, salário mínimo, reajuste anual, redução de jornada de trabalho, adicional de periculosidade, valor de entrega por quilômetro rodado, contratação por hora, fim do bloqueio (sem aviso prévio) e desoneração de impostos para quem contratar os trabalhadores como motofretistas e ciclistas.

Foto: Reprodução.
Portal Picuí Hoje com Portal Correio.

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