Homem que recebeu droga pelos Correios em Picuí é liberado em audiência de custódia

Fotos: Divulgação/PF.

O homem que foi preso pela Polícia Federal (PF) nessa terça-feira (18) ao receber maconha dentro de uma caixa enviada pelos Correios, na cidade de Picuí, localizada na região do Seridó da Paraíba, foi liberado em audiência de custódia, na tarde desta quarta-feira (19). Ele responderá em liberdade.

A informação foi confirmada pelo advogado do caso, o picuiense Dr. Bismarck Lima (foto), em entrevista exclusiva ao Portal Picuí Hoje, direto da sede do Tribunal de Justiça, em Campina Grande, cidade localizada na região do Agreste paraibano.

Durante a ação que contou com o apoio da área de segurança dos Correios, a PF apreendeu cerca de 0,710g da droga, que teria partido do estado do Paraná com destino final a residência do homem, em Picuí. Além da droga, os policiais federais também encontraram na casa do homem uma arma de airsoft  — arma de "brinquedo", geralmente réplica de uma arma real, usadas em esportes.

Foto: Arquivo Pessoal.

Ao ser questionado sobre as informações divulgadas pela imprensa após a ação da PF, que repercutiram não só em toda Paraíba, mas também em outras regiões do país, o nobre causídico destacou que "uma inverdade publicada por diversas vezes pode se tornar uma mentira bem contada".

"Há de haver mais cuidado ao divulgar e propagar informações falsas, as famosas Fake News. Vários veículos de comunicação produziram muitas matérias inverídicas" contra o meu cliente, o noticiando como traficante. Para se ter uma ideia, como é do conhecimento de todos, foi noticiado que o meu cliente estava sob a posse de 7kg de maconha, sendo que na verdade ele recebeu 0,710g, quantidade bem inferior ao que foi propagado, além de um simulacro de arma de fogo, o que na verdade era um briquedo que serve apenas para práticas esportivas", ressaltou.

"É lamentável, pois o que foi noticiado pela imprensa não corresponde com a verdade dos fatos! Estamos tratando aqui de um jovem pai de família que é trabalhador e que nunca havia se metido com a justiça, de forma alguma. É um usuário que se sentiu constrangido em comprar na mesma localidade em que reside, por ser uma cidade pequena, onde todo mundo se conhece, e, em uma atitude desesperada fez o que fez, sucedendo ao que está transcorrendo agora", declarou o defensor.

Dr. Bismarck Lima ainda afirmou que "o caso não se configura como tráfico, visto que "a droga apreendida não seria de forma alguma traficada, tampouco vendida, e sim consumida".

Por fim, o advogado comemorou o deferimento da liberdade provisória do seu cliente, garantindo que o picuiense responderá em liberdade e que irá contribuir com a Justiça em todos os fatos, além de responderá pelos seus atos, enquanto segue aguardando os próximos trâmites da investigação.

Portal Picuí Hoje.