As farmacêuticas Moderna e MSD anunciaram, nesta quarta-feira (26), que a terceira e última fase de testes clínicos com o dispositivo de imunização para tratar pacientes com câncer de pele – o tipo mais mortal de câncer de pele – já começou. A dose mostrou grande potencial durante os estudos de Fase II, alcançando uma redução de 44% na mortalidade e recidiva tumoral em comparação com aqueles que receberam apenas a droga.
Os dados divulgados, segundo cientistas e agências reguladoras, são animadores. A Food and Drug Administration (FDA) dos EUA deu à vacina o título de "terapia inovadora", reconhecendo seu potencial e priorizando sua avaliação após o término dos testes e solicitando seu uso por farmacêuticos. Os laboratórios também anunciaram que pretendem expandir o desenvolvimento para incluir sistemas imunológicos que têm como alvo outros tumores, como tumores de pulmão.
Declaração
A nova fase de testes começou com o recrutamento dos primeiros voluntários da Austrália. A meta é incluir 1.089 participantes em mais de 165 centros de pesquisa em pelo menos 25 países. Em um estudo de fase 2 com 157 participantes, o tratamento durou cerca de um ano. Novas doses da vacina foram administradas, juntamente com 18 ciclos de 200 mg de Keytruda a cada três semanas.
Como funciona a vacina
As vacinas, geralmente associadas à prevenção de doenças infecciosas, também se referem a novas categorias em desenvolvimento para combater doenças. Essas injeções, que podem preparar o corpo para uma futura exposição a um vírus ou bactéria – como a vacina Covid-19 – também podem despertar o sistema e incentivá-lo a atacar as células cancerígenas e combater o tumor.
A vacina em estudo foi desenvolvida pela Moderna, que ficou conhecida como uma das primeiras agências a desenvolver imunidade ao coronavírus. A empresa é especializada em RNA transferido (mRNA), tecnologia usada em doses contra a Covid-19 e agora contra o câncer. O mRNA atua como um código de instrução que ensina as células do corpo a produzir certas proteínas. Embora esteja em estudo há anos, essa nova tecnologia só apareceu com as vacinas da Moderna e da Pfizer durante a pandemia.
Como o câncer varia entre os indivíduos, é chamado de vacina personalizada. Os cientistas coletam o material genético específico do tumor de um determinado paciente, isolam proteínas e, em seguida, fazem um sistema imunológico. Com isso, a aplicação individual ensina o sistema imunológico a reconhecer e destruir as células cancerígenas.
Portal Picuí Hoje com Rede Brasil News.
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