Uriana Santos diz que deixa de comer para poder dar de comer aos três filhos; família vive na extrema pobreza, com cerca de R$ 150 por mês — Foto: TV Cabo Branco/Reprodução. |
De acordo com os critérios do Banco Mundial, pessoas em extrema pobreza vivem com menos de R$ 9,60 por dia e R$ 288 por mês.
Família de Uriana Santos vive na extrema pobreza, com renda entre R$ 100 e R$ 150 por mês — Foto: TV Cabo Branco/Reprodução. |
Apesar de ter sido aprovada no Programa Bolsa Família, Uriana ainda não conseguiu ter acesso ao benefício social do governo federal. Com a falta de alimentos e remédios para as crianças, ela segue pedindo doações e a família vive apenas com o dinheiro do trabalho de Rosildo, o que não é muito para custear as contas da casa e a alimentação.
Rosildo faz parte de uma cooperativa em que o lucro das vendas é dividido entre nove cooperados. Nos dias em que o grupo bate a meta, a venda de material reciclado chega a R$ 3 mil por mês. O que dá em torno de R$ 300 reais para cada trabalhador.
Por ter outros filhos, parte do dinheiro vai para as crianças. A outra parte é para sustentar a casa onde mora com a namorada e os três enteados. A família chegou a pensar em vender o passarinho de estimação para comprar comida.
Família de Uriana Santos vive na extrema pobreza, com renda entre R$ 100 e R$ 150 por mês — Foto: TV Cabo Branco/Reprodução. |
A situação de Uriana e sua família não é um caso isolado, mas está inserido em uma realidade que tem crescido nos últimos anos no estado. Entre 2012 e 2021, a população geral da Paraíba cresceu 5%. Já a população em extrema pobreza cresceu 48,57%, e a população em situação de pobreza cresceu 2,82%.
Os dados foram levantados pelo Núcleo de Dados da Rede Paraíba com base em pesquisas realizadas e divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e mostram que apenas entre 2020 e 2021, a Paraíba registrou um crescimento de 75,28% da população em extrema pobreza, um acréscimo de 257.950 pessoas no estado.
Família de Lidiane vive na extrema pobreza, com menos de R$ 288 por mês, na comunidade do Aratu, em João Pessoa — Foto: TV Cabo Branco/Reprodução. |
Assim como na casa de Uriana e Rosildo, cada integrante da família de Lidiane Venâncio também vive com menos de R$ 288 por mês. Também moradora da comunidade Aratu, Lidiane não ganha Bolsa Família atualmente por dificuldades no cadastro. Ela e os dois filhos, de 3 e 7 anos, vivem do trabalho do marido na reciclagem.
"Minha maior preocupação é dar comida para os meus filhos. Se eu tirasse pelo menos o Bolsa Família dava para ajudar mais", afirma Lidiane.
Para Lidiane é um alívio quando os filhos vão para a escola, onde têm alimentação garantida. Com o filho mais novo com o pé machucado e sem poder ir para a creche que fica no bairro vizinho, Lidiane se preocupa ainda mais. "Eu acredito que com Fé em Jesus vai melhorar. Tem que ter fé, porque se não tiver, não passa", acredita Lidiane.
Família de Lidiane vive na extrema pobreza, com menos de R$ 288 por mês, na comunidade do Aratu, em João Pessoa — Foto: TV Cabo Branco/Reprodução. |
As duas famílias da comunidade Aratu contam com a ajuda de projetos sociais que atendem a comunidade com cestas básicas, e têm a esperança de uma vida melhor um dia, ao conseguir um emprego fixo ou o auxílio de programas sociais do governo para contribuir da renda, não tendo mais que se preocupar com a possibilidade de não ter comida na mesa para os filhos.
Portal Picuí Hoje com g1 PB.
cadê o rapaz que disse que os mais necessitados seriam prioridades em seu governo, esse mentiroso, PTralhão ,...
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