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23.1.24

QUEM MANDOU MATAR MARIELE? Intercept Brasil afirma que Lessa apontou Domingos Brazão como um dos mandantes

Domingos Brazão – Foto: Reprodução/Internet.
Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), foi apontado por Ronnie Lessa, ex-policial militar acusado de matar Marielle Francisco da Silva, conhecida nacionalmente como "Mariele Franco", como possível mandante do crime. A revelação, confirmada pelo Intercept Brasil, surgiu a partir do acordo de delação feito por Lessa, atualmente preso.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) precisa homologar o acordo de delação, já que Brazão possui foro privilegiado. Lessa está sob custódia desde março de 2019, e o desfecho do caso, segundo o diretor-geral da Polícia Federal (PF), está previsto para o primeiro trimestre de 2024.

Domingos Brazão, que sempre negou envolvimento, foi acusado formalmente pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em 2019 por obstrução das investigações. Ele ficou afastado por quatro anos do cargo de conselheiro no TCE-RJ após ser preso em 2017, na Operação Quinto do Ouro, ligada à Lava Jato no Rio de Janeiro.

Ronnie Lessa, condenado em julho de 2021 por destruir provas relacionadas ao caso, fez parte do Bope. Élcio de Queiroz, também ex-policial militar, confessou ter dirigido o carro no atentado que ocorreu em 14 de março de 2018, no bairro Estácio, Rio de Janeiro. A motivação de Brazão para supostamente ordenar o atentado seria uma vingança contra Marcelo Freixo, ex-deputado estadual pelo Psol.

Vingança teria motivado crime

A principal hipótese para o suposto envolvimento de Domingos Brazão no atentado contra Marielle seria uma vingança contra Marcelo Freixo, ex-deputado estadual pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), hoje filiado no Partido dos Trabalhadores (PT), e atual presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (EMBRATUR). Brazão teve conflitos com Freixo durante o tempo em que ambos atuaram na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

Freixo teve papel relevante na "Operação Cadeia Velha", deflagrada pela PF em novembro de 2017. A ministra Laurita Vaz, do STJ, mencionou em 2020 a possibilidade de Brazão agir por vingança, considerando a intervenção de Freixo nas ações que resultaram no afastamento de Brazão do Tribunal de Contas.

O Ministério Público retomou a análise de documentos relacionados à milícia em Rio das Pedras, suspeita de conexões com a família Brazão e o Escritório do Crime, conforme reportagem do Intercept Brasil. A família Brazão, incluindo o deputado Pedro Brazão e Chiquinho, colega de Marielle na Câmara, é um grupo político proeminente no Rio de Janeiro.

Portal Picuí Hoje com Gutemberg Cardoso.

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