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14.2.24

Caso Braiscompany: Antônio Ais é condenado a 88 anos de prisão e esposa a 61; veja penas de mais 8 réus

Antônio Ais Neto em uma das sedes da empresa — Foto: Divulgação/Braiscompany.
Foi divulgada nesta terça-feira (13) a condenação de 10 pessoas ligadas ao caso Braiscompany, incluindo o dono Antônio Ais, que foi condenado a 88 anos e 7 meses. A decisão é do juiz 
Vinícius Costa Vidor, da 4ª Vara Federal no município de Campina Grande, localizado na região do Agreste da Paraíba.

Fabrícia Farias, esposa de Antônio Ais e uma das donas da Braiscompany, foi condenada a 61 anos e 11 meses. O casal está foragido desde 16 de fevereiro de 2023, quando foi realizada a primeira fase da "Operação Halving", da Polícia Federal (PF), que investigou crimes contra o sistema financeiro e o mercado de capitais.

Entre os crimes citados na sentença do juiz da 4ª Vara Federal, estão operar instituição financeira sem autorização, gestão fraudulenta, apropriação e lavagem de capitais.

O juiz Vinícius Costa Vidor também estabeleceu aos réus o dever de reparar um valor estabelecido em R$ 277.600.000,00 (duzentos e setenta e sete milhões e seiscentos mil reais).

Confira nomes e penas do 10 condenados:

  • Antônio Inácio da Silva Neto - 88 anos e 7 meses
  • Fabrícia Farias - 61 anos e 11 meses
  • Mizael Moreira da Silva– 19 anos e 6 meses
  • Sabrina Mikaelle Lacerda Lima - 26 anos
  • Arthur Barbosa da Silva - 5 anos e 11 meses
  • Flávia Farias Campos - 10 anos e 6 meses
  • Fernanda Farias Campos - 8 anos e 9 meses
  • Clélio Fernando Cabral do Ó - 19 anos
  • Gesana Rayane Silva - 14 anos e 6 meses
  • Deyverson Rocha Serafim - 5 anos

Relembre o caso
Endereços ligados aos sócios da Braiscompany foram alvos de operação da PF nesta terça-feira, em Campina Grande, Assunção e em São Paulo — Foto: Acervo pessoal/g1 PB.
A empresa, idealizada pelo casal Antônio Ais e Fabrícia Ais, era especializada em gestão de ativos digitais e soluções em tecnologia blockchain. Os investidores convertiam seu dinheiro em ativos digitais, que eram "alugados" para a companhia e ficavam sob a gestão dela pelo período de um ano. Os rendimentos dos clientes representavam o pagamento pela locação dessas criptomoedas.

A Braiscompany prometia um retorno financeiro ao redor de 8% ao mês, uma taxa considerada irreal pelos padrões usuais do mercado. Milhares de moradores de Campina Grande investiram suas economias pessoais na empresa, motivados pelo boca a boca entre parentes, amigos e conhecidos. Antônio Neto Ais, o fundador da companhia, disse em uma live que gerenciava R$ 600 milhões de 10 mil pessoas.

No dia 16 de fevereiro de 2023, a Braiscompany foi alvo de uma operação da PF que teve como objetivo combater crimes contra o sistema financeiro e o mercado de capitais. As ações da PF aconteceram na sede da empresa e em um condomínio fechado, em Campina Grande, e em em João Pessoa e em São Paulo. A operação foi nomeada de 'Halving'.

No dia 23 de fevereiro, aproximadamente R$ 15,3 milhões foram bloqueados de contas de pessoas vinculadas à Braiscompany. De acordo com a PF, os sócios da Braiscompany movimentaram cerca de R$ 1,5 bilhão nos últimos quatro anos, e estão foragidos.

Portal Picuí Hoje com g1 PB.

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