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29.2.24

Padre Kelmon avalia momento político do Brasil e define Lula como figura política decadente

Padre Kelmon ex-candidato à presidência da República – Foto: Reprodução.
Candidato à Presidência da República pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) nas Eleições de 2022, o Padre Kelmon Luís da Silva Souza, sacerdote da Igreja Ortodoxa do Peru, tornou-se um nome nacionalmente conhecido quando disputou o pleito presidencial e ganhou muitos adeptos ao se mostrar opositor da esquerda e de ideologias socialistas. Em conversa exclusiva com o jornalista Anderson Costa, o sacerdote, que esteve presente na Avenida Paulista no último domingo (25), falou sobre o momento atual da direita no Brasil, os desafios que vem sendo enfrentados pelos conservadores no atual governo e deu uma perspectiva de futuro para o Brasil.

Para Padre Kelmon, a direita no Brasil ainda é um grupo recém-nascido, mas que já dá demonstrativos de ser majoritário no país. O sacerdote, que esteve presente na Avenida Paulista e foi muito assediado por seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que o pediam fotos e autógrafos, afirmou que a esquerda no Brasil está desorganizada.

"Apesar de estar com o poder nas mãos, ela [a esquerda] não consegue se articular, o presidente atual não tem popularidade e não consegue ir às ruas. O Bolsonaro, apesar de não ter um mandato em mãos, é o presidente mais popular da história desde a redemocratização. Lula está em decadência política e não representa a vontade de povo, mas um desejo do sistema", afirmou o ex-presidenciável. Padre Kelmon também questiona como Lula conseguiu novamente se eleger presidente da República sem ter o mesmo poder de mobilização popular que o ex-presidente Jair Bolsonaro mostrou ao reunir cerca de 750 mil apoiadores (segundo dados oficiais da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo) na Avenida Paulista.

Batalha espiritual

Para o sacerdote ortodoxo, hoje o que se trava não apenas no Brasil, mas em toda a América Latina é uma guerra espiritual. Segundo Padre Kelmon, as ações e os frutos dos governos de esquerda ao longo da história demonstram um desprezo pela vida humana que devem ser combatidos com a vida por toda a sociedade. "Nós vivemos aqui no Brasil, sim, uma guerra espiritual travestida de disputa política entre direita e esquerda, de comunismo e cristianismo", afirmou o padre.

"Estamos em uma luta espiritual entre o bem e o mal", definiu o padre. Para o ex-candidato à presidência da República a direita triunfará no Brasil e suprimirá a presença da esquerda no Brasil.

Perspectivas de futuro

Padre Kelmon também não crê na capacidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de se reeleger para um quarto mandato ou eleger um sucessor na chefia do Poder Executivo. Para o sacerdote é possível notar a indignação popular com a atual gestão do presidente da República em seu primeiro ano. Conforme o ex-candidato à presidência, a política econômica do governo Lula tem se mostrado falha, gerando total descontentamento da população brasileira com a figura política do ex-líder sindical.

O sacerdote também questiona a tese de que Lula poderá eleger um sucessor ao fim do seu atual mandato, pois, em sua opinião, o PT ou outros partidos de esquerda não possuem figura política que possa prosseguir concentrando os votos progressista como o atual presidente da República. "Quem será o sucessor dele? O Boulos? O Boulos vamos derrotá-lo agora em São Paulo", afirmou padre Kelmon ao prever uma vitória dos candidatos de direita nas eleições majoritárias e proporcionais deste ano.

Portal Picuí Hoje com Agenda Política.

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