Paulo Henrique foi à óbito aos 83 anos – Foto: Redes sociais/Reprodução. |
Como visto pelo Portal Picuí Hoje, Paulo Henrique foi um grande comerciante no ramo de bovinos e proprietário de um grande abatedor de gados, atendendo Picuí e região. Ele também foi o fundador, juntamente com a sua esposa, a saudosa Marilene Cordeiro, do Restaurante Recanto do Picuí (conheça história após término desta nota de pesar), e grande precursor da tão famosa "Carne de Sol de Picuí".
Ele despede desse plano terreno, no qual viveu com tanta alegria e fez grandes amizades, deixando muitas saudades e um agigantado legado de boas lembranças que ficarão marcadas na memória de quem a conhecia e a tinha como exemplo de um ser humano honesto, íntegro, e, sobretudo, caridoso, que sempre buscou fazer o bem e amar ao próximo.
Velório e sepultamento
O velório do corpo de Paulo Henrique será realizado no Plenário da Câmara Municipal de Picuí, sediada à rua Roldão Zacarias de Macedo, nº 89, bairro JK, local onde também ocorrerá a cerimônia fúnebre. O local, bem como horário do sepultamento ainda estão sendo definidos pelos familiares.
Neste momento de profunda dor, expressamos nossos mais sinceros votos de profundo pesar a todos os familiares e amigos.
Recanto do Picuí, uma história de sucesso
O casal Paulo Henrique e Marilene Cordeiro, recém-chegado à João Pessoa, começou a comercializar a carne de sol em quentinhas na sua residência, que era situada na avenida Beira Rio, no Bairro Torre. Os primeiros clientes do casal eram seus próprios conterrâneos, os quais naquela época também residiam na capital paraibana. A carne de sol era acompanhada de feijão verde, farofa d'água, paçoca, pirão de queijo, macaxeira, arroz de leite e vinagrete. O comércio cresceu rapidamente e logo as pessoas que aguardavam suas comidas naquele "fundo de quintal" começaram a consumir bebidas, enquanto desfrutavam de um bate papo animado e descontraído, o que acabou gerando a necessidade de mais espaço.
Impulsionado pelo crescimento, ainda durante o mesmo ano, o casal inaugurou o Restaurante Recanto do Picuí, que ficava situado na Beira Rio. A clientela cresceu rapidamente e casal decidiu abrir filiais em outros locais da Paraíba e logo expandiram para outras capitais do Nordeste, solidificando a marca "Carne de Sol de Picuí".
Todos esses restaurantes acabaram levando picuienses para trabalhar nas funções de garçom, cozinheiro e churrasqueiro. Ao longo dos anos, o sucesso do Recanto do Picuí fez com que vários picuienses ‒ muitos deles ex-funcionários da empresa ‒abrissem seus próprios negócios similares em outras partes do país.
O Recanto do Picuí acabou transformando-se em sinônimo de alto padrão de qualidade e refino no paladar de milhares de pessoas que apreciam uma qualificada carne de sol braseada e acabou fazendo com que o nome do município se tornasse uma marca registrada em todo país.
Até os dias atuais, a empresa a qual alcançou o grande sucesso por meio das mãos de Paulo Henrique e de Dona Marilene continua gerando emprego e renda à milhares de trabalhadores e trabalhadoras, principalmente aos picuienses.
É importante destacar que o casal também foi precursor do reconhecimento "Terra da Carne de Sol". O município é o único do país que há anos promove o "Festival da Carne do Sol". Instituído em 1997, a festa acabou se tornando o maior evento de cunho gastronômico da Paraíba e foi inserido no calendário turístico do estado.
Picuí, o município que tem a tradição do processamento da carne de sol, que passa de geração a geração, preserva suas tradições, sua história, seus sabores, sua técnicas e suas práticas culinárias, será também a terra que lembrará eternamente com grande carinho do casal.
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