Eliane Nunes da Silva foi julgada no Fórum Criminal de João Pessoa — Foto: Reprodução/TV Cabo Branco. |
De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB), a mulher esfaqueou a pequena Júlia 26 vezes e cometeu o crime após o então companheiro, e pai da criança, decidir terminar a relação com ela. Ainda com manchas de sangue nos braços, Eliane apresentou-se à autoridade policial, e confessou o crime.
De acordo com a sentença, proferida pela juíza Aylzia Fabiana Borges Carrilho, foram acatadas as três qualificadoras do homicídio imputado para a ré. As qualificadoras foram motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima. A defesa pode recorrer da decisão, mas vai permanecer presa.
O g1 entrou em contato com a defesa de Eliane, mas não recebeu resposta até a última atualização desta notícia.
A ré Eliane Nunes da Silva quando foi ouvida disse a todo instante que desde o fato tenta entender por que fez aquilo e que estaria arrependida do fundo do coração, que queria muito voltar atrás para que a filha estivesse novamente nos braços dela. Ela disse que cometeu o crime em um ato de desespero, negando que tenha agido por vingança contra o pai da criança.
Segundo ela, o então marido, pai da criança, é que seria ciumento, e, inclusive, sempre acontecia deles romperem, desde a época do namoro. O rompimento, segundo ela, era geralmente por meio de mensagem de texto enviada por ele.
Julia, de 1 ano, foi morta a facadas em João Pessoa; mãe se entregou à polícia após o crime — Foto: TV Cabo Branco/Reprodução. |
O julgamento
Antes de Eliane, foram ouvidos o pai da criança, o policial civil que identificou o corpo da criança dentro do berço, todo ensanguentado, e o pai de Eliane.
O júri teve início com a juíza fazendo uma série de questionamentos ao pai da vítima, que participou do julgamento por meio remoto, pois atualmente reside no interior do estado de São Paulo. Felipe Cavalcante disse que o relacionamento deles era bastante tumultuado e havia muita crise de ciúmes por parte dela, mas que ela era uma boa mãe.
"Tínhamos muitos desentendimentos, era uma relação muito complicada. Mas na minha frente, com Júlia, ela era sim uma mãe carinhosa, tratava muito bem a filha. O que acontecia por trás de mim eu não tenho como falar", contou.
Antes do julgamento, o advogado Jardiel Oliveira, que representa Eliane, disse que não havia razões para a manuteção da qualificadora de motivo torpe no crime. "Não há qualquer elemento nos autos, seja por meio de testemunho, seja por meio do inquérito policial, de que ela realmente teria feito isso para tentar chamar a atenção do então companheiro", disse.
Portal Picuí Hoje com g1 PB.
Entre em contato com o Portal Picuí Hoje por meio dos fone-whatsapp (83) 9-8150-1594.
Clique aqui e nos siga no Instagram.
Clique aqui e nos siga no Facebook.
E-mail: picuihoje@gmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário