Ravi e Nenê Dantas, candidato a prefeito em São Vicente do Seridó – Foto: Redes sociais/Reprodução. |
Como visto pelo Portal Picuí Hoje, a pesquisa, contratada junto ao instituto Emanuel da Nóbrega Falcão, por R$ 9 mil, foi alvo de uma representação da coligação "A Esperança se Renova", formada pelos Partidos PSDB, Cidadania e MDB, que levantou suspeitas de manipulação dos dados. Os advogados representantes da coligação, Ravi Vasconcelos da Silva Matos e Gabrielly de Lourdes de Sousa Barros, apontaram erros significativos na apresentação dos resultados, o que sugeriu a possibilidade de manipulação para prejudicar a campanha de do candidato a prefeito pela oposição Nenê Dantas (PSDB).
Em entrevista ao Portal Picuí Hoje, os advogados destacaram que "a pesquisa apresenta diversas incongruências, o que evidencia atenção do poder judiciário para não haver qualquer tipo de manipulação de resultados de pesquisa eleitoral para influenciar o eleitorado".
Entre as falhas destacadas no levantamento estão:
- Aglutinação indevida de eleitores: Eleitores analfabetos e aqueles que apenas sabem ler e escrever foram colocados na mesma categoria, distorcendo os resultados.
- Soma incorreta das porcentagens por faixa etária: A soma das faixas etárias dos eleitores ultrapassava 100%, um erro que compromete a credibilidade da pesquisa.
- Inconsistência nas amostras censitárias: A soma das amostras apresentadas não correspondia ao total da tabela, o que levantou dúvidas sobre a metodologia utilizada.
- Dados incorretos sobre escolaridade: A amostra dos entrevistados não refletia o perfil educacional informado, tornando os resultados questionáveis.
- Incoerências nas tabelas de bairros, renda familiar e sexo: As informações não se somavam corretamente, sugerindo falhas ou possível manipulação nos dados.
A juíza Francilene Lucena Melo Jordão, da 23ª Zona Eleitoral de Soledade, ao deferir o pedido de tutela antecipada, suspendeu a divulgação da pesquisa registrada sob o número PB-01768/2024 até que os erros sejam corrigidos. A magistrada destacou que a divulgação de uma pesquisa com dados incorretos pode influenciar indevidamente o eleitorado, colocando em risco a integridade do processo eleitoral.
"...Não há dúvidas de que as pesquisas políticas tem grande potencial de convencimento junto ao eleitorado. Permitir a divulgação sem ter certeza de que ela não contém falhas pode alterar o equilíbrio da disputa.", justificou a juíza na sua decisão.
Com essa decisão, a pesquisa eleitoral encomendada pelo prefeito Erivam é registrada no Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) sob o número 01768/2024 está temporariamente suspensa, não podendo ser publicada ou divulgada por qualquer meio.
O prefeito Erivan de Biu e sua equipe têm dois dias para apresentar defesa formal, enquanto o Ministério Público Eleitoral (MPE) também será consultado para emitir parecer sobre o caso.
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