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19.9.24

Vereadora do PSB é presa em operação da PF contra aliciamento violento de eleitores, na Paraíba

Vereadora Raíssa Lacerda é presa em João Pessoa; ao lado dela, também presa, está Taciana Batista do Nascimento, que é ligada ao centro comunitário Ateliê da Vida — Foto: TV Cabo Branco/Reprodução.
A vereadora Raíssa Lacerda, do Partido Socialista Brasileiro (PSB), de João Pessoa, foi presa na manhã desta quinta-feira (19) durante a segunda etapa de uma Operação "Território Livre" da Polícia Federal (PF) que tinha o objetivo de combater o crime de aliciamento violento de eleitores.

Ela é candidata à reeleição e é suspeita de liderar um esquema que se utilizava de violência e de outros meios ilegais para tentar obrigar que pessoas de determinados bairros votassem nela. Além de Raíssa, outras três pessoas foram presas. Uma quinta suspeita ainda estaria sendo procurada.

A assessoria de Raíssa Lacerda informou por meio de nota que acordou perplexa e consternada com a prisão da vereadora e reiterou a inocência dela. "Como dito anteriormente, Raíssa não possui nenhuma ligação com as pessoas que foram citadas no processo da operação 'Território Livre' e a verdade virá à tona e será esclarecida". O g1 tentou contato com a defesa dos demais envolvidos, mas não obteve resposta.

Confira as pessoas já presas:

  • Raíssa Lacerda, vereadora de João Pessoa e suspeita de liderar o esquema;
  • Pollyanna Monteiro Dantas dos Santos, suspeita de pressionar moradores do bairro São José para determinar em quem eles devem votar;
  • Taciana Batista do Nascimento, usada por Pollyana para exercer influência na comunidade. É ligada ao centro comunitário Ateliê da Vida;
  • Kaline Neres do Nascimento Rodrigues, articuladora de Raíssa Lacerda no Alto do Mateus. Suspeita de ter ligação com facções do bairro.
Além de Raíssa Lacerda, Polícia Federal prendeu Kaline Neres do Nascimento Rodrigues; Pollyanna Monteiro Dantas dos Santos; e Taciana Batista do Nascimento, respectivamente — Foto: Reprodução.
Foram cumpridos também sete mandados de busca e apreensão em diferentes bairros da cidade. Policiais federais compareceram mais cedo ao Centro Comunitário Ateliê da Vida, localizado no São José, que é um dos alvos dos mandados. Documentos foram levados do local para auxiliar nas investigações e para servir como provas eventuais.

A Procuradoria-Geral da Câmara Municipal de João Pessoa, por meio de nota, informou que "vem acompanhando de perto os desdobramentos da Operação Território Livre" e que "confia no trabalho da Justiça e no devido processo legal".
Centro comunitário do bairro São José foi um dos alvos da operação da PF — Foto: Antônio Vieira/ TV Cabo Branco.
Território Livre

A operação é batizada de Território Livre, em referência à liberdade que os eleitores devem ter de ir e vir e também de exercer o seu voto. No dia 10 de setembro, uma primeira etapa da operação já tinha sido realizada. Naquele dia, três mandados de busca e apreensão foram cumpridos e R$ 35 mil em dinheiro foram apreendidos.

Naquela oportunidade, Raíssa já era alvo da operação, porque um dos mandados de busca aconteceu na residência da vereadora. Ela alegou à época que era vítima de perseguição.

Na atual legislatura, Raíssa Lacerda ficou como suplente, mas assumiu a titularidade da vaga deixada pelo vereador Professor Gabriel, que morreu no fim de maio deste ano devido a complicações decorrentes de um acidente vascular cerebral isquêmico. Antes de retornar à Câmara Municipal, Raíssa era secretária-executiva de Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de João Pessoa.
Vereadora Raíssa Lacerda é candidata à reeleição pelo PSB — Foto: Reprodução/Câmara Municipal de João Pessoa.
Ela foi presa dois dias antes da proibição de prisão de candidatos estabelecida pelo Tribunal Superior Eleitor (TSE) durante o período eleitoral. A partir deste sábado (21), candidatos não podem ser presos, salvo no caso de flagrante delito.
Polícia Federal realiza operação em João Pessoa — Foto: Antônio Vieira/ TV Cabo Branco.
O que é o aliciamento eleitoral, de acordo com o TRE?

Aliciamento de eleitor é a prática adotada por candidato, partido ou correligionário que consiste na tentativa de convencer o eleitor, utilizando-se de meios ilegais, a votar em candidato ou partido diferente daquele em que naturalmente votaria, não fosse a ação de convencimento.

O aliciamento é crime eleitoral, e é punível com detenção de seis meses a um ano, com a alternativa de prestação de serviços à comunidade pelo mesmo período, e multa no valor de 5 mil a 15 mil UFIRs.

Portal Picuí Hoje com informações do g1 PB.

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