Fernando Cunha Lima – Foto: Reprodução. |
Em outras cinco oportunidades, o TJPB havia negado o pedido de prisão preventiva contra o pediatra. Agora, depois das análises de todos os documentos do processo, os desembargadores decidiram pela detenção imediata do investigado. A qualquer momento, o médico pode ser notificado da prisão e encaminhado ao presídio.
O relator do processo, o desembargador Ricardo Vital de Almeida, afirmou que Fernando Cunha Lima usava da confiança que era depositada por pacientes, familiares e pela sociedade para cometer os crimes. O magistrado ainda apontou os riscos de o médico ficar livre, destacando que somente a prisão seria uma forma de evitar que o pediatra praticasse novos crimes.
Ainda durante a justificativa da sua decisão, o desembargador alegou que a idade do acusado não é um impedimento para a sua prisão. O médico tem 81 anos. "A idade não é uma carta branca para estar imune diante da lei, não pode e não deve. O perfil do acusado não mudou. A idade não deve servir como indulgência", relatou o magistrado.
A defesa do pediatra Fernando Cunha Lima ainda não se pronunciou sobre o pedido de prisão do pediatra.
Denúncias
O inquérito policial aponta uma padronização na forma do médico agir para praticar os abusos. Diversas denúncias evidenciaram que Fernando Cunha Lima tinha o hábito de entregar a receita médica no inicio da consulta. De acordo com os pais das crianças, a letra do pediatra é muito difícil de ler, e enquanto eles estariam tentando ler o receituário, supostamente aconteciam os abusos.
Outra mãe relatou que o médico agia com brincadeiras para trazer mais confiabilidade para os pais e para as crianças. Essa mãe, também em entrevista, afirmou que por se tratar de médico ia criando confiança, apesar dos comportamentos estranhos. "Mas depois de tudo o que aconteceu, eu percebi que a minha filha sempre se contraía todas as vezes que ele ia examiná-la", afirmou.
Sobre o caso
O caso veio à tona, após a mãe de uma criança de nove anos denunciar o crime de abuso sexual praticado contra a filha. Após essa denúncia, diversas famílias também prestaram depoimento contra o pediatra.
Uma das denúncias, foi feita pela própria sobrinha do médico, Gabriela Cunha Lima, que afirmou em entrevista à TV Correio, que sofreu abuso do tio há mais de 30 anos.
Ela contou, em detalhes, que o caso aconteceu quando eles estavam na casa de praia do tio, no ano de 1991.
Portal Picuí Hoje com informações do Portal Correio.
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