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21.2.25

'Caguei para a prisão', diz Bolsonaro após denúncia da PGR sobre trama golpista

Esta foi a primeira declaração de Bolsonaro após a apresentação da denúncia pela PGR – Foto: Reprodução.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tripudiou nessa quinta-feira (20) sobre a possibilidade de ser preso após julgamento da trama golpista no Supremo Tribunal Federal (
STF), o que pode ocorrer ainda neste ano. "O tempo todo [é] 'vamos prender o Bolsonaro'. Caguei para a prisão."


Esta foi a primeira declaração dele após a apresentação da denúncia pela Procuradoria-Geral da República (PGR) sob a acusação de liderar uma trama de golpe em 2022. Os crimes incluídos na denúncia somam penas que podem se aproximar de 50 anos de prisão.

A fala de Bolsonaro ocorreu durante o Primeiro Seminário de Comunicação do PL, com militantes e parlamentares em Brasília. Bolsonaro diz que não há liberdade de expressão no Brasil e nega golpe.

Ele disse ainda ter sido um "golpe da Disney", em referência ao fato de ele estar em Orlando, nos Estados Unidos da América (EUA) durante os ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023.

"Para mim, seria muito mais fácil estar do outro lado junto, com a dona Michelle, aproveitando a vida. Mas não poderia continuar vendo meu país se deteriorar, se acabar, se afundar. Um país onde se rouba esperança do seu povo. O tempo todo [é] 'vamos prender o Bolsonaro'. Caguei para a prisão", disse, sob aplausos.

Ele disse que há condenados a devolver bilhões, que firmaram delações premiadas, além de empresários com acordos de leniência, que não estão presos. "Alguns acham 'ah, fica quieto', [mas] não tem como ficar quieto perto do estuprador. Se ficar quieto, vai adiantar alguma coisa ou vai dar mais prazer ainda [para o estuprador]?", prosseguiu.

O ex-presidente falou ainda que não há nada contra ele, apenas narrativas que foram por água abaixo, segundo disse. "Investiram pesadamente nesta última, golpe. Geralmente quem dá golpe é quem ganha, o golpista não perde, ou se perde, ele está lascado. O duro é quando você é golpeado e te acusam de dar golpe. Devem ter prazer, né, 38 anos de cadeia", disse.

Em sua fala, ele criticou Alexandre de Moraes, do STF, de forma indireta, a quem chamou de "semideus" e "rei dos inquéritos". O magistrado é relator de inquéritos na Corte que tem Bolsonaro na mira, como o do golpe.

Ele voltou ainda a falar de uma apuração sobre suposta irregularidade nas urnas eletrônicas em 2018, o que já levou à sua inelegibilidade pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por atacar o sistema eleitoral. No evento do PL nesta quinta, Bolsonaro disse à plateia: "Mas vocês acham que em 2018 teve fraude na minha eleição ou não?", a que gritaram que teve.

Em seu discurso, o ex-presidente criticou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), reforçando a crítica ao preço dos alimentos, como ovo e café. Ele fez ainda um chamado para que seus apoiadores compareçam a Copacabana, no Rio Janeiro, em 16 de março, para pedir por anistia aos presos pelo 8 de janeiro.

Bolsonaro não mencionou uma eventual candidatura em 2026 à Presidência, mas disse: "Para 2026, me deem 50% da Câmara dos Deputados e 50% do Senado que eu mudo o destino do Brasil. Brasil, acima de tudo, Deus acima de todos", encerrou sua fala com um grito de "ihu".

Como mostrou a Folha de S.Paulo, o ex-presidente vai insistir no discurso de sua candidatura ao Palácio do Planalto em 2026 e na pressão de movimentos de rua e de aliados internacionais após ser denunciado pela PGR sob a acusação de liderar uma trama golpista.

A estratégia visa manter seu capital político enquanto ministros do STF se articulam para julgá-lo ainda neste ano, de forma a evitar uma possível contaminação nas próximas eleições presidenciais.

O ministro Alexandre de Moraes decidiu nessa quarta-feira (19) pela derrubada do sigilo dos depoimentos do tenente-coronel Mauro Cid na delação premiada com a Polícia Federal (PF), expondo detalhes das acusações do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

O ex-presidente foi acusado na terça (18), junto com outras 33 pessoas, pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, por crimes como tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito e de golpe de Estado, além de participação em organização criminosa.

O objetivo de Bolsonaro é levar a candidatura até o último momento, considerando que passar o bastão para outro nome precocemente poderia enfraquecê-lo nas decisões do campo da direita e diminuir suas chances de reverter potencial prisão e inelegibilidade, em vigor até 2030.

Portal Picuí Hoje com informações do Folhapress.

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