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A PCPB já iniciou investigação e deve analisar exames toxicológicos e periciais, incluindo o útero removido da vítima – Foto: Leonardo Silva. |
A morte do bebê Davi Elô, ocorrida após o parto no Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (ISEA), em Campina Grande, município localizado na região do Agreste da Paraíba, gerou denúncias de negligência médica e levou à abertura de uma investigação pela Polícia Civil do estado (PCPB). O caso ganhou visibilidade após ser exposto pela família nas redes sociais.
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A mãe, identificada como Danielle, estava sob os cuidados particulares do médico Dr. Mario de Oliveira Filho, devido a complicações prévias durante a gravidez, incluindo um tromboembolismo que exigia o uso contínuo de anticoagulantes. O parto vaginal foi indicado como seguro pelo próprio médico após internação da gestante com três centímetros de dilatação, no dia 27 de fevereiro.
A indução ao parto começou na tarde do dia seguinte, inicialmente com comprimidos intravaginais e depois com uma medicação intravenosa que aumentou a intensidade das contrações. Na madrugada de 1º de março, Danielle começou a sentir sintomas graves como vômitos e tremores, mas, segundo relatos da família, foi ignorada pela equipe médica, que alegava serem "normais".
Duas enfermeiras, sem consulta prévia ao médico responsável, aumentaram a dosagem do medicamento, levando Danielle ao desmaio e à interrupção do parto, que já estava avançado. O bebê, que chegou a ter a cabeça coroada, foi levado novamente para o útero, o que provocou um rompimento uterino. Uma cirurgia de emergência foi realizada, mas Davi Elô já nasceu sem vida e Danielle teve o útero removido, impedindo futuras gravidezes.
A PCPB já iniciou investigação e deve analisar exames toxicológicos e periciais, incluindo o útero removido da vítima. O Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) e o Ministério Público da Paraíba (MPPB) aguardam o resultado das investigações para se pronunciarem sobre o caso. Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Campina Grande informou que abriu sindicância interna e prometeu suporte psicológico e assistencial à família.
Além da denúncia inicial, outras queixas envolvendo casos semelhantes no ISEA vieram à tona nas redes sociais, como suposta troca de bebês e negligências em outros partos. "Não descansaremos até que os responsáveis sejam punidos. Davi Elô e nossa família merecem justiça", diz o pai.
Portal Picuí Hoje com informações do Portal WSCOM.


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