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Vítimas do naufrágio fizeram selfie antes de embarcar — Foto: Reprodução/TV Cabo Branco. |
À TV Cabo Branco, o major Rodrigo Martins informou que o naufrágio aconteceu por volta das 16h. Os quatro integrantes da canoa eram amigos, e saíram de Forte Velho em direção a Cabedelo. No início do passeio, eles postaram um vídeo do momento em que atravessavam o rio. Minutos depois, o barco virou. Um outro vídeo mostra o momento em que um barco particular que passava pela região resgatou um dos sobreviventes e retirou do rio o corpo de um dos amigos.
"Nós recebemos a informação de que uma embarcação teria naufragado e teria uma vítima em óbito e duas desaparecidas. Ao chegar no local, encontramos uma vítima morta, uma vítima com vida, que nos passou várias informações, e outras duas que estavam submersas. Nós acionamos os nossos recursos e chegamos lá em pouco tempo, dada a proximidade da Companhia do Corpo de Bombeiros do local, e em pouco tempo localizamos os corpos e a outra vítima sobrevivente."
Ainda de acordo com o CBMPB, no domingo a região estava com o tempo chuvoso, muitos ventos e baixa visibilidade, o que pode ter contribuído para que a canoa virasse. Conforme a delegada Vanderleia Gadi, familiares e amigos das vítimas acompanharam o resgate, bastante abalados. A Polícia Civil paraibana (PCPB) vai apurar a responsabilidade sobre o acidente, com base no depoimento destas pessoas.
"Vamos ver a necessidade de se apurar a responsabilidade. Um familiar foi muito claro em dizer que um deles não tinha condição de nadar pois tinha um braço quebrado e nunca se recuperou. Esse familiar também disse que os quatro tinham ingerido bebida alcóolica", disse a delegada.
Alexsandro Araújo, filho de Juscelino Araújo, que conduzia a canoa e acabou morrendo no naufrágio, confirmou que os amigos estavam bebendo antes da viagem.
"Eles saíram de casa felizes, foram para a casa de um colega deles, em Forte Velho, estavam lá, bebendo. Meu pai, que era o comandante da canoa, era o que estava melhor, não bebeu muito, só tomou umas dosezinhas [sic]. A esposa do rapaz [dono da casa onde as vítimas estavam] até pediu para eles não virem pois o temporal estava muito forte, mas ele era muito teimoso e disse que ia voltar hoje", disse Alexsandro.
Juscelino é o de boné preto e camisa azul, no canto direito da foto. Segundo o filho, ele era um pescador experiente, e já havia passado por outra situação de quase naufrágio.
"Ele tinha esse costume de, quando saia, a primeira coisa que fazia era amarrar a corda no motor e no próprio braço. Na hora em que a embarcação afundou, foi junto com ele, não teve como se soltar. Era um pescador experiente, e acho que se ele tivesse solto, tinha sobrevivido. Já aconteceu com ele, eu, meu irmão e meu tio. Ia passando uma lancha, a gente puxou a canoa para a Ilha da Restinga e deu tudo certo, mas desta vez eu não estava lá, não pude fazer nada", lamentou.
Os sobreviventes do naufrágio foram socorridos pelos bombeiros e tiveram alta no mesmo dia.
Portal Picuí Hoje com informações do g1 PB.


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