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Estimativa foi realizada pelo Monitor do Debate Público no Meio Digital, da USP — Foto: Adriano Machado/Reuters. |
A estimativa foi realizada pelo Monitor do Debate Público no Meio Digital, da Universidade de São Paulo (USP), com base em fotos aéreas capturadas no momento de maior concentração, durante o discurso de Bolsonaro, que começou às 15h44 e teve duração de 25 minutos.
Em fevereiro de 2024, Bolsonaro também esteve na Paulista pedindo anistia aos presos do 8 de Janeiro, reunindo cerca de 185 mil manifestantes, segundo a mesma contagem da USP. Naquela ocasião, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) estimou um público de 600 mil pessoas. Este ano, tanto a SSP quanto a Polícia Militar de São Paulo (PMSP) optaram por não divulgar estimativas de público.
Já em setembro de 2024, em um ato pedindo o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Bolsonaro reuniu aproximadamente 45 mil pessoas na mesma avenida, apenas um quarto do público registrado em fevereiro.
Evolução do público nos atos bolsonaristas:
- Fevereiro de 2024, São Paulo: 185 mil
- Setembro de 2024, São Paulo: 45 mil
- Março de 2025, Rio de Janeiro: 18,3 mil
- Abril de 2025, São Paulo: 44,8 mil
Após o ato esvaziado em março, em Copacabana, no Rio de Janeiro, onde o mesmo grupo de pesquisa estimou um público de 18,3 mil pessoas, os bolsonaristas evitaram divulgar expectativas para a manifestação em São Paulo. Na ocasião, Bolsonaro e os organizadores esperavam reunir um milhão de pessoas, mas o público presente foi inferior a 2% dessa meta. Em 2022, ainda como presidente e em campanha pela reeleição, Bolsonaro atraiu 64,6 mil pessoas no Rio, no dia 7 de setembro.
A quantidade de público é um indicador crucial para medir o apoio popular ao projeto de anistia dos condenados, que busca avançar na Câmara dos Deputados. Segundo o Placar da Anistia do Estadão, mais de um terço dos 513 parlamentares da Casa apoia o perdão.
De acordo com o relatório da USP, um software analisou imagens capturadas por drones, identificando e marcando as cabeças das pessoas para automatizar a contagem. Foram feitas fotos em três horários diferentes (14h05, 14h42 e 15h44), totalizando 47 imagens. As nove fotos selecionadas para a contagem foram tiradas às 15h44, no pico da manifestação, cobrindo toda a extensão do ato em três pontos de concentração na Avenida Paulista.
O evento também destacou referências à cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, que ficou conhecida por pichar "perdeu, mané" na estátua que simboliza a Justiça, em frente ao STF, usando batom. Débora, que inicialmente recebeu uma proposta de pena de 14 anos de prisão, está atualmente em prisão domiciliar e responde ao processo em liberdade desde o mês passado.
Bolsonaro, que recentemente se tornou réu por tentativa de golpe de Estado em 2022, também seria beneficiado pelo perdão político. No entanto, ele prioriza a defesa das "velhinhas com bíblia na mão" e das "pessoas humildes" presas por envolvimento na invasão.
Apesar do apelo, a maioria dos brasileiros não se sensibiliza. Segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesse domingo (6), 56% dos entrevistados preferem que os envolvidos no 8 de Janeiro permaneçam presos, enquanto 34% defendem sua soltura.
A pesquisa também revelou que 52% dos brasileiros consideram justa a decisão do STF de tornar Bolsonaro réu pela tentativa de golpe, enquanto 36% acreditam que a decisão foi injusta.
Portal Picuí Hoje com informações do Band/UOL.


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