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Relatório concluiu que Alanna Galdino seria 'funcionária fantasma' na SSEPLAG — Foto: Arquivo pessoal. |
Filha do deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Adriano Galdino (Republicanos), Alanna teve sua indicação aprovada pelo Legislativo em 18 de março. No entanto, sua nomeação foi suspensa pela Justiça da Paraíba em 3 de abril, após questionamentos sobre sua candidatura. A decisão foi revogada no dia seguinte.
Após inspeções nas Secretarias de Estado de Administração (SEAD) e de Planejamento (SEPLAG), os auditores apontaram indícios de que Alanna ocupava um cargo comissionado sem prestar serviços efetivos. Segundo o relatório, não há registros documentais que comprovem sua atuação, e ela sequer possuía cadastro nos sistemas informatizados da Seplag. Apesar disso, teria recebido R$ 646.972,40 entre 2012 e 2017 e de 2019 até março de 2025.
Além disso, a auditoria concluiu que Alanna não atende aos requisitos de experiência mínima de 10 anos em áreas como Direito, Contabilidade, Economia, Finanças ou Administração Pública. Embora tenha diploma em Direito, sua experiência foi considerada insuficiente, com cursos de curta duração e pouca atuação prática.
O relatório também destacou possíveis casos de nepotismo. Adriano Galdino teria atuado diretamente para viabilizar a candidatura da filha, o que configuraria nepotismo direto. Além disso, a ocupação anterior de Alanna em um cargo comissionado no Governo do Estado pode caracterizar nepotismo cruzado.
A escolha de Alanna foi considerada pouco transparente e acelerada, durando apenas 13 dias. Ela foi a única candidata ao cargo, e sua indicação foi aprovada sem a realização de sabatina, considerada obrigatória pelos auditores.
Diante disso, o TCE recomendou a suspensão da posse de Alanna até o julgamento final e sugeriu o encaminhamento do caso ao Ministério Público Estadual (MPE) para investigar possíveis atos de improbidade administrativa e danos ao erário. O julgamento está previsto para 23 de abril, e o Ministério Público de Contas (MPC) também questiona a indicação, apontando violações a princípios constitucionais e ausência de requisitos legais para o cargo.
Portal Picuí Hoje com informações do g1 PB.


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